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revista brasileira de tipografia

Tupigrafia é uma revista editada desde 2000 que funciona como catalisadora do processo de recuperação da história da tipografia no Brasil, e também como estimulante na perda de pudor tipográfico, por desconhecimento de causa. A riqueza da cultura visual brasileira que gerou e continua gerando projetos tipográficos é enorme, deixando claro que existe muita coisa para ser vista e lida abaixo do Equador. Estamos vivendo a história e, portanto, fazendo História..!

 

A produção tipográfica e caligráfica brasileira – e suas manifestações no design gráfico – são temas centrais da publicação, complementados por artigos ligados ao cenário tipográfico internacional. 

 

Tupigrafia é referência em design editorial no Brasil e no exterior, por seu projeto inovador. Seus editores tem participado de eventos internacionais de tipografia desde 2005, como ATypI, Typecon, TypoBerlin e Biblioteca St. Bride. A revista foi exposta na Brazil Contemporary, do Museu de Fotografia de Roterdã, Holanda; na Magazine Library, em Tóquio e na exposição Design Brasileiro Hoje – Fronteiras no MAM, em São Paulo. Apareceu também nas páginas da revista alemã Novum, edição 08/2012.

 

Tupigrafia tem reconhecimento internacional não por ser exótica, mas porque não é comportada, entediada ou previsível. Algumas edições foram acampanhadas de um encarte com o texto em inglês.

A periodicidade é irregular (em média, uma por ano). O longo prazo de edição contribui muito para a qualidade do produto final e fornece o tempo necessário para aprofundar as pesquisas.

 

Tupigrafia nunca utiliza um mesmo logotipo e também nunca apresentou chamadas de capa. Essa mudança eterna de logotipos é feita pelo puro prazer de ajustar o melhor lettering à imagem e ao tema da capa. A partir da edição 7 foram editadas mais de uma capa por edição, dando  oportunidade para o leitor escolher a capa de sua preferência. Isso ainda ajudou a resolver uma saudável disputa entre os dois editores, para definir quem faria a capa, e permitiu que fossem atendidos os pedidos de amigos que pediam desesperadamente para colaborar com um projeto de capa. Outra característica da publicação é o uso da quarta capa e das capas internas com fins estritamente editoriais, sem jamais ceder à tentação de inserir propaganda nesses espaços.

 

Nas páginas da Tupigrafia explora-se livremente as possibilidades da tipografia como elemento primordial do design gráfico. A revista teima em provocar o design tipográfico no Brasil, estimulando a reflexão associada à experimentação. Como pano de fundo, a cultura visual brasileira e a herança internacional na técnica e na linguagem.

 

A caligrafia aparece junto com a tipografia na proposta editorial da revista por questão de respeito aos mais antigos (a caligrafia) e por conta da relação intrínseca entre ambas. Além disso, no Brasil a caligrafia é tão pouco valorizada e utilizada tão raramente no design gráfico nacional, que torna-se imprescindível o estímulo a essa forma de arte. 

 

Os textos não costumam ser muito extensos: busca-se a síntese para deixar mais espaço para as imagens, que invariavelmente são tipográficas. 

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No projeto original não haviam seções, apenas uma matéria principal que se desdobrava em matérias correlatas, na sequência da paginação. Nas últimas edições foi criada a seção Picles – em homenagem a uma seção homônima publicada na revista O Cruzeiro, uma importante revista brasileira que circulou na segunda metade do século XX – com uma série de pequenas matérias, editadas em uma ou duas páginas. 

 

Tupigrafia não tem projeto gráfico pré-definido. Para cada matéria são escolhidos os tipos e o layout mais adequados ao assunto. O próprio argumento da revista exige essa flexibilidade. As soluções gráficas para a diagramação seguem mais os princípios funcionais e menos a preocupação em fazer um design “moderno”. O próprio material disponível “mostra” as pistas para a seleção e a edição gráfica das imagens. Portanto, não faz sentido definir uma família ou um grupo de fontes para ordenar visualmente a revista. O argumento da revista é justamente a tipografia – história, mercado, personagens, um pouco de tecnologia de fontes e linguagem. Portanto, fixar os tipos a serem usados não seria uma boa solução, seria limitante. A ideia sempre foi alcançar uma simbiose tipográfica.

 

Algumas edições incluem um caderno impresso em letterpress e a cada edição é produzido um cartaz comemorativo, geralmente distribuído nos eventos de lançamentos. No conjunto, a revista é um laboratório editorial e gráfico realizado com total liberdade e poucos princípios, sempre abertos.

 

Tupigrafia é editada por Claudio Rocha e Tony de Marco. Ambos atuam como redatores, diagramadores, diretores de arte, type designers, produtores gráficos e distribuidores.

 

Tupigrafia é publicada pela OTSP – Oficina Tipográfica São Paulo, uma ONG criada para preservar a cultura gráfica no Brasil, dirigida por Claudio Rocha e Marcos Mello.

www.oficinatipografica.com.br

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